sexta-feira, 4 de maio de 2012

Jornada de trabalho do negro ainda é maior:

Jornada de trabalho do negro ainda é maior que a do branco - Levantamento do Dieese aponta diferença de duas horas em Recife e em Belo Horizonte - Em Porto Alegre registrou a mesma jornada média para negros e não negros.

Apesar da melhoria da inserção dos negros no mercado de trabalho entre 2004 a 2008, o tempo médio de trabalho dos negros e pardos permanece maior na comparação com os brancos. Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que divulgou o estudo “A Desigualdade entre Negros e não Negros no Mercado de Trabalho” com base nas seis regiões metropolitanas brasileiras. 

Em Belo Horizonte, a jornada média semanal dos trabalhadores negros é de 41 horas e a dos brancos de 39 horas. A diferença de duas horas também foi registrada em Recife, onde os negros trabalham em média 45 horas semanais e os brancos 43. No Distrito Federal e em Salvador, a jornada média é de 42 horas para trabalhadores negros e de 41 horas para os brancos e em São Paulo, de 44 horas e 43 horas, respectivamente. 

Porto Alegre é a única cidade em que o Dieese registrou a mesma jornada média para negros e não negros, de 43 horas semanais. No entanto, na análise por setor, os trabalhadores negros têm jornada maior que a dos brancos na prestação serviços e na construção civil. 

No mesmo período, o nível de contratação formal aumentou nas regiões analisadas para todos os trabalhadores, mas em menor proporção para os negros, que ainda são maioria nas ocupações em que a ausência de proteção social é maior e os rendimentos menores. Na Grande São Paulo, por exemplo, 65,8% dos trabalhadores negros tinham contratos de trabalho formalizados em 2008. Entre os brancos, o percentual de trabalhadores na mesma situação era de 70,8%. 

De acordo com o Dieese, os números ainda refletem “condições extremamente desfavoráveis dos negros na sociedade, especificamente no mercado de trabalho”.

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