quinta-feira, 19 de abril de 2012

Texto completo: A saúde do homem!



A saúde do homem merece toda a nossa atenção. Várias são as particularidades envolvendo o sexo masculino, que merecem maior esclarecimento e orientação, em prol da saúde e da qualidade de vida.

A questão sexual, uma das que mais preocupam os homens, é um tema que ainda envolve uma série de mitos e preconceitos. Esclarecê-los é de fundamental importância para que o homem aprenda a lidar melhor com o próprio corpo e, quando necessário, busque ajuda médica no momento certo.

A saúde do homem deve ser vista de maneira global, com todos os aspectos cruciais para uma boa qualidade vida. De forma alguma o homem deve se conformar com problemas ou dúvidas que estejam lhe afligindo. Conhecer o próprio corpo, buscar informações, aliás, é de vital importância para que o homem possa cuidar melhor da sua saúde. Saber o que muda com o passar dos anos, o que acontece com o seu organismo (o coração, a próstata), aprender sobre fatores de risco, a importância da adoção de hábitos de vida mais saudáveis...

Tudo isso, sem dúvida, contribui para a conscientização do homem sobre a importância de adotar medidas preventivas e de, quando for o caso, dar a devida atenção aos sinais que seu corpo apresenta. Saber mais sobre os problemas que afligem especificamente os homens é tão importante quanto sucesso no trabalho e resistência perante as intempéries da vida objetivando a felicidade pessoal. A seguir, discutiremos alguns dos temas que mais afligem o homem no que se refere à questão saúde, incluindo algumas dicas para contornar tais problemas.



CALVÍCIE 

A queda de cabelos ou calvície é um tema que comumente aflige o homem. Frequentemente é alvo de piadas, brincadeiras e até apelidos de gosto duvidoso. O que pode acabar repercutindo negativamente na auto-estima masculina, afetando a qualidade de vida como um todo - tanto na esfera profissional e social, como no aspecto conjugal, gerando insegurança e ansiedade. Portanto, a calvície não é simplesmente uma questão de vaidade. 

É importante saber que há o que fazer. Toda iniciativa deve começar com uma consulta médica. Essa é a melhor maneira de esclarecer dúvidas e tratar o assunto de forma adequada.

A perda de cabelos é um processo natural do nosso organismo. Diariamente uma pessoa perde de 70 a 100 fios de cabelo, que são repostos periodicamente. Na calvície, porém, essa reposição não acontece - em virtude de alterações orgânicas que promovem a atrofia do folículo piloso (raiz do cabelo).

A calvície atinge bem mais o homem do que a mulher e, na maior parte dos casos, sua causa está ligada a 2 aspectos:

» Fator hereditário: definido pela combinação de genes que o homem recebe da mãe e do pai. Isso faz com que o homem que tenha casos de calvície na família tenha mais chances de ser também calvo.

» Fator hormonal: certos mecanismos envolvendo hormônios masculinos (testosterona) têm papel importante - seja afetando diretamente as células responsáveis pelo crescimento dos cabelos, ou alterando o nível dos nutrientes e fluxo sangüíneo da raiz. Sem nutrientes adequados, os folículos capilares não podem ter um crescimento saudável e acabam por morrer e cair. Nesses casos, não é mais possível a produção de um novo fio.

Porém, vale ressaltar que existem outras causas possíveis para a queda de cabelo. Ela pode estar associada a fatores emocionais, fisiológicos, inflamatórios e traumáticos, além de deficiências nutricionais. Mais um motivo para que se consulte o médico, a fim de checar se está tudo bem com a sua saúde. 

São várias as abordagens de tratamento para a calvície - como medicamentos e cirurgias de transplante de cabelos. É muito importante consultar um médico, para saber qual a eficácia de cada método e esclarecer que tipo de resultados é possível obter. 

Importante ter atenção e cuidado redobrados com produtos que prometem "milagres". Antes de tomar qualquer atitude, converse com o médico e evite riscos e frustrações desnecessárias.

Nos casos em que o impacto emocional é grande, ou que há dificuldades em enfrentar os constrangimentos ainda comuns com relação à calvície, o apoio emocional pode ser uma boa alternativa. 

A mulher, a companheira, também pode ajudar - conversando com o homem, estimulando-o a buscar ajuda.

A calvície não é uma bobagem. Muitos homens convivem bem com ela. Porém, para outros, é muito difícil aceitar naturalmente a queda de cabelos. Se esse for o caso, o homem não deve se constranger em buscar ajuda. 

CÂNCER DE PRÓSTATA

A próstata é uma glândula auxiliar do Sistema Genital Masculino. É responsável pelo fornecimento de nutrientes para os espermatozóides. Tem estreita relação anatômica com a bexiga, por isto os sintomas das doenças prostáticas apresentam-se diretamente relacionados com o ato de urinar.

O câncer da próstata é mais comum surgir após os 60 anos de idade, mas casos são encontrados até em indivíduos aos 40 anos. Existem estudos relacionando seu aparecimento com características raciais, genéticas e com doenças venéreas.

Os sintomas do câncer de próstata estão relacionados a obstrução urinária ou à infeção urinária. Dentre eles podemos citar: 
» Dificuldade de iniciar o ato de urinar. 
» Perda da força e do calibre do jato urinário. 
» Dor ao urinar. 
» Várias micções noturnas. 
» Retenção de urina 
» Dores na coluna, fêmur e bacia. 
» Sangue na urina. 
» Perda de peso.

É importante frisar, que em alguns casos, é totalmente silencioso, ou seja, não surge qualquer sinal ou sintoma.

A prevenção do câncer de próstata é feito através da consulta periódica ao Urologista, a partir dos 45 anos de idade, pois o especialista terá como identificar a doença em seu estagio inicial, podendo promover a cura, e tratamento adequado nos estágios posteriores da doença. O diagnóstico precoce será feito através de exame laboratorial do sangue (pesquisa do PSA) e exame urológico (toque retal), além de outros exames complementares quando necessário.

IMPOTÊNCIA SEXUAL

A impotência quase sempre tem cura e para curá-la o homem tem à sua disposição vários recursos que vão desde a psicoterapia até injeções e próteses sofisticadas. A impotência dá medo, mas a recíproca também é verdadeira: O medo também causa impotência. Este medo tem enorme base cultural, a impotência sempre foi um assunto cercado de tabus. 

A impotência é uma disfunção erétil que incapacita o homem a obter ou manter ereções suficientemente rígidas para a penetração vaginal impedindo a satisfação sexual. As causas da impotência são em 70% dos casos por problemas psicológicos e em 30% por problemas orgânicos. 

Seja qual for a natureza, orgânica ou psicológica, a impotência tem cura e o primeiro passo para a cura é, obviamente, o diagnóstico correto.

Fatores orgânicos que podem provocar a impotência:

» as doenças vasculares, que causam entupimento das artérias e veias, prejudicando a chegada do sangue ao pênis; 
» as patologias que comprometem o sistema nervoso, como o Diabetes Mellitus; 
» a falta do hormônio masculino testosterona, que começa a declinar a partir dos 45 anos de idade, mas é essencial para o funcionamento do mecanismo de ereção; 
» distúrbios como o priapismo (ereção peniana anormalmente prolongada), que provoca a coagulação do sangue dentro do corpo cavernoso, levando à impotência irreversível. 
» A impotência orgânica pode ainda ser decorrente de rompimento da estrutura, uma espécie de fratura do pênis, devido a acidentes; 
» insuficiência veno-oclusiva, existente quando o corpo cavernoso se enche de sangue mas não distende o bastante para comprimir as veias contra a parede do pênis. Com isso, o sangue não é represado o suficiente para garantir a ereção; 
» assimetrias do corpo cavernoso, decorrentes de má formação congênita; 
» o fumo, o álcool e alguns medicamentos também são apontados como prováveis causadores da disfunção erétil. 

Causas psicológicas para a impotência:

Depois de excluídas as causa orgânicas, o que leva o homem a não conseguir a ereção, principalmente os jovens, é a ansiedade, misturada à insegurança e ao medo de não "cumprir direito o seu papel". O homem é educado para ser "macho" e sua auto-estima está diretamente ligada a sua capacidade sexual. Por isso, quando o homem falha na cama, ele se sente um fracassado. Neste caso o próprio medo do fracasso faz descarregar na corrente sangüínea grande volume de adrenalina, hormônio secretado pela glândula supra-renal que ativa certos neurotransmissores, mas inibe outros, entre os quais aqueles responsáveis pelo mecanismo da ereção. 

A falha também pode estar relacionada a dificuldades em criar vínculos afetivos ou ainda a conflitos relacionados à figura paterna. A liberação da mulher moderna também contribui para o aumentar a insegurança do homem. 

A impotência causada por problemas psicológicas, especialmente na faixa etária entre os 35 e 40 anos, também pode ser resultado de crises existenciais. Essa é uma fase de reavaliação da vida, da profissão e do casamento. Se ele tem problemas, corre o risco de se tornar depressivo e a depressão leva o homem a comer demais, beber demais e utilizar de drogas ou tranqüilizantes. 

Outro fator importante e que pode interferir na ereção, é o medo de contrair AIDS ou mesmo a culpa, nos casos dos homossexuais em relação conflituosa com a sua opção. 

Alguns métodos que podem ajudar

1. PSICOTERAPIA - 
2. HORMÔNIOS - de acordo com orientação do Urologista.
3. AUTO-INJEÇÃO - a auto-injeção é uma técnica que beneficia impotentes que possuem corpos cavernosos saudáveis. Paralíticos e diabéticos costumam obter bons resultados. Existem no mercado 26 drogas indutoras de ereção, usadas em forma de injeção. Mas uma overdose de qualquer uma dessas substâncias pode provocar priapismo, ou seja, ereção prolongada e dolorosa do pênis, com risco de necrose. Somente deverá ser utilizada conforme orientação do Urologista.

4. PRÓTESE - As próteses consistem em duas hastes implantadas dentro do corpo cavernoso. Pode ser rígida, semiflexível ou flexível, esta última a mais usada hoje. As próteses são implantadas com anestesia local, em um pequeno corte na base do pênis. O paciente volta para casa no mesmo dia, e em um mês, retorna suas atividades sexuais. 

5. GÉIS E CREMES - Existe controvérsia em torno da utilização de géis e cremes à base de prostaglandina. Uns dizem que é psicológico, outros que os cremes são eficazes, sem risco de priapismo. O Urologista deverá ser consultado.

6. ENRIJECIMENTO POR SUCÇÃO - Este aparelho de origem americana, produz enrijecimento peniano por meio da sucção a vácuo. Coloca-se o pênis dentro de um cilindro e retira-se todo o ar do recipiente. Ao se criar o vácuo, o sangue enche os corpos cavernosos. Para manter este estado, comprime-se a base do pênis com anéis de borracha, que não devem ser usados por mais de 30 minutos. Embora aceito por alguns homens, o sistema apresenta vários inconvenientes: comprime a uretra, pode causar dor na ejaculação ou até impedir a saída do esperma. Além disso, a sucção eventualmente provoca hematomas. Somente deverá ser utilizado após consulta com Urologista.

AIDS

O causador da AIDS é o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Este vírus é capaz de destruir células importantes no sistema de defesa do organismo e a pessoa pode desenvolver, com maior ou menor gravidade, doenças como pneumonia, herpes simples, infeções por fungos do tipo Cândida (sapinho), doenças intestinais, tumores e outras. 

Existem testes capazes de detectar os anticorpos Anti-HIV no soro (parte do sangue, de onde foram retirados os glóbulos vermelhos). Entre eles, estão o ELISA (o mais usado), a Imonofluorescência e o Western-Blot. A utilização dos outros métodos serve para confirmação do diagnóstico. 

Assim que sabe que o resultado do teste foi positivo, normalmente as pessoas ficam muito abaladas e com medo do que pode acontecer no futuro. É importante saber que nem todos os soropositivos desenvolvem Aids, e que essas pessoas não se tornam inválidas ou imprestáveis. Muitas pessoas vivem anos infectadas pelo vírus, sem alterações de saúde. Não se pode saber por quanto tempo continuará sem sintomas, e nem qual ou quais deles aparecerão. No entanto, é muito importante ao portador de HIV tomar cuidado para não contaminar outras pessoas e também para não se recontaminar, pois novas contaminações podem favorecer o aparecimento da AIDS com a forma mais grave da infecção. 

Apesar de todo impacto que sofre com o resultado do teste positivo, o portador deve procurar se informar, da melhor maneira possível, sobre a infecção pelo HIV e saber administrar a sua vida, o trabalho, os amores e o sexo, nunca esquecendo dos seus direitos e de suas responsabilidades. 

DEPRESSÃO

Até pouco tempo atrás a depressão não era considerada uma doença, mas uma alteração do caráter e da força de vontade, ou seja, uma reação psicológica de pessoas fracas e incapazes de resolver seus próprios problemas. 

Apesar do grande estigma que ainda acompanha a DEPRESSÃO, sabe-se hoje que é uma doença séria e incapacitante, que tem tratamento e cura na grande maioria dos casos. Na verdade, não é o indivíduo incapaz que tem depressão, mas a depressão que incapacita o indivíduo para o viver saudável e pleno.

A depressão pode ser definida como um distúrbio do humor, com duração maior do que duas semanas, causado pela deficiência de determinadas substâncias (serotonina, noradrenalina e dopamina) no cérebro. Pode afetar homens e mulheres em qualquer fase da vida, e sem um fator desencadeante grave. É mais freqüente em adultos jovens e em indivíduos com antecedentes familiares de depressão, e com a tendência atual de envelhecimento populacional, passa a ser uma doença muito importante na terceira idade.

A pessoa deprimida sente-se incapaz, desinteressada pelas coisas, com sua energia vital diminuída. Os sentimentos são tantos e tão confusos que às vezes tem-se a impressão de que se está "anestesiado", sem sentimentos. Pode haver tristeza intensa, choro fácil, irritação com pequenos problemas, sensação de menos valia, vontade de abandonar tudo e todos. As atividades antes feitas naturalmente, como tomar banho, vestir-se, cuidar de suas coisas, dar conta dos compromissos, agora são feitas com um esforço enorme. O indivíduo fica desleixado, tudo perde a importância, a cor. Perde-se o sentido de viver. O apetite muda (ou para mais ou para menos), os hobbies preferidos, os amigos, o sexo, tudo perde a graça. Há alterações no padrão de sono - a insônia é comum, mas muitos queixam-se de sono e cansaço excessivos. Geralmente o deprimido prefere o isolamento, um lugar quieto onde possa ficar só com suas tristezas. O pensamento pode estar confuso, pois os sentimentos estão exacerbados, mas o indivíduo tem consciência do seu sofrimento e do sofrimento que causa; não consegue encontrar um motivo que justifique esta tempestade emocional ( "meu marido é bom, meus filhos lindos ..." ), ao mesmo tempo que não consegue reagir a esta tendência interior. A depressão também pode causar manifestações predominantemente físicas, a chamada depressão mascarada, o que pode dificultar o diagnóstico. 

A depressão deve ser tratada, na maioria das vezes com medicamentos e psicoterapia. Os antidepressivos não causam dependência e agem através da reposição da substância que está em falta no cérebro. O início do efeito dos antidepressivos é demorado e o tratamento dura de 4 a 6 meses, às vezes mais. Os efeitos colaterais geralmente são bem tolerados, e temos novos antidepressivos disponíveis. 

É importante saber que o deprimido não tem controle sobre as manifestações da doença, não é um "louco" ou um caso "perdido", entende, mas não consegue responder a estímulos ou conselhos. Precisa de amor e compreensão, até que esta "fase" passe. 

TABAGISMO

O cigarro contém uma mistura de cerca de 4.700 substâncias tóxicas. Parte delas é gasosa - incluindo o monóxido de carbono, e algumas são partículas, como o alcatrão, a nicotina e a água. O alcatrão, além dos radioativos urânio, polônio 210 e carbono 14, concentra 43 substâncias comprovadamente carcinogênicas, ou seja, que provocam o câncer, já que alteram o núcleo das células. 

A fumaça do cigarro contém toxinas que produzem irritação nos olhos, nariz e garganta, bem como diminuem a mobilidade dos cílios pulmonares, ocasionando alergia respiratória em fumantes e não-fumantes. Estes cílios, semelhantes a cabelos muito finos, são projeções da mucosa que ajudam a remover sujeiras e outros detritos do pulmão. Quando têm seus movimentos paralisados pela exposição à fumaça do cigarro, as secreções acumulam-se, contribuindo para a tosse ou pigarro típico do fumante e para o surgimento de infecções respiratórias, freqüentes em quem tem contato com a fumaça. 

A fumaça do cigarro é também constituída por monóxido de carbono (CO), cuja concentração no sangue circulante de quem fuma aumenta rapidamente pela manhã, continua a subir durante o dia e decresce à noite. 

Aproximadamente, 3 a 6% da fumaça do cigarro são compostos por monóxido de carbono. Quando inalado, o monóxido de carbono atinge os pulmões e dali segue para o sangue, reduzindo sua capacidade de carregar oxigênio. Em conseqüência, as células deixam de respirar e produzir energia, o que faz com que o fumante tenha o fôlego prejudicado e fique exposto ao risco de doenças cardiovasculares e respiratórias. Além de venenoso em altas concentrações, o CO está implicado em muitas doenças associadas ao fumo, inclusive nos efeitos danosos sobre o desenvolvimento do feto das grávidas tabagistas. 

A nicotina, outra das substâncias encontradas no cigarro, diminui a capacidade de circulação sangüínea, aumenta a deposição de gordura nas paredes dos vasos e sobrecarrega o coração, podendo levar ao infarto do miocárdio e ao câncer, mas seu papel mais importante é reforçar e potencializar a vontade de fumar. Ela atua da mesma forma que a cocaína, o álcool e a morfina, causando dependência e obrigando o fumante a usar continuamente o cigarro. Em altas concentrações, é também venenosa.

Os fumantes não são os únicos expostos aos males do cigarro. Também os não-fumantes são atingidos, já que passam a ser fumantes passivos. Onde quer que alguém esteja fumando, são encontradas partículas da fumaça do cigarro, principalmente em locais fechados, residenciais ou públicos. Rapidamente, as concentrações das substâncias tóxicas da fumaça excedem os níveis considerados padrões para a qualidade do ar ambiente. 

Diante do exposto, motivos existem de sobra para motivar os fumantes a interromperem este hábito. Sabe-se que esta não é uma tarefa fácil para quem já fuma há anos ou até mesmo décadas. Muitas vezes a pessoa tenta várias vezes até que consiga realmente parar de fumar. 

Para tanto, o fumante deverá procurar um médico com prática no tratamento anti-tabágico, o que em geral envolve um acompanhamento interdisplinar de profissionais da área de saúde.

HIPERTENSÃO ARTERIAL

A hipertensão arterial, mais popularmente chamada de "pressão alta", está relacionada com a força que o coração tem que fazer para impulsionar o sangue para o corpo todo. No entanto para ser considerado hipertenso, é preciso que a pressão arterial além de mais alta que o normal, permaneça elevada. É necessário fazer um controle maior, medindo freqüentemente os níveis da pressão arterial. Apenas quando ela permanecer alta, sem importar com a hora, o dia ou o tipo de atividade desenvolvida, é preocupante e deve-se ter um controle continuo.

É importante observar que não basta ter pressão alta par ser considerado um hipertenso. Dependendo da nossa atividade como: atividades físicas, sono, alimentação, estado emocional ou estresse, por exemplo, a pressão pode subir a níveis bem altos, o que não significa que a pessoa seja hipertensa. Essa alta da pressão porém, não dura e no fim do dia os seus valores podem até ter voltado ao normal.

A hipertensão arterial é uma doença muito comum em todo o mundo e atinge jovens, adultos e idosos, pessoas de ambos os sexos, de todas as raças e de qualquer padrão social. Algumas vezes ela é provocada por uma outra doença específica, mas na maioria dos casos a hipertensão parece estar ligada a herança familiar e a hábitos alimentares.

A hipertensão é uma doença que não tem cura mas, pode-se, através de tratamento, manter controlados os níveis da pressão arterial. Se permanecer alta ou descontrolada, a pressão poderá provocar problemas bastante sérios, como doenças do coração, infarto, perda da visão, paralisação dos rins e derrame, todos com graves conseqüência se de tratamento mais difícil.

É comum a pessoa hipertensa não sentir absolutamente nada, embora isso não queira dizer que a hipertensão não exista ou não precise ser tratada. Tratando-se corretamente você poderá ter uma vida normal e bem mais tranqüila e segura. Não se esqueça de que a hipertensão é uma doença "silenciosa" e seu controle pode ser difícil no início do tratamento, mas você conseguirá se tomar os remédios da forma correta e se consultar seu médico regularmente.

O alimento mais relacionado com a hipertensão arterial é o sal. Não se sabe perfeitamente porque, mas o fato é que, em sociedades onde o sal é mais consumido, o número de hipertensos é mais alto. Algumas pessoas não se beneficiam com a redução do uso do sal, mas outras sim e por isso sempre vale a pena fazer esse controle. O excesso de sal pode atrapalhar a eficiência dos remédios que você está usando para tratar a pressão alta.

Os alimentos gordurosos também devem ser controlados, além de se dosar periodicamente o colesterol através de exame de sangue.

Bebidas alcóolicas também devem ser usadas com moderação. Em excesso, porém, podem levar a doenças do fígado e pâncreas, além de agredir o cérebro, o estômago e o coração. Não se esqueça de que o álcool tem muitas calorias e pode atrapalhar seu esforço em perder peso.

O fumo não provoca somente doenças pulmonares como o câncer, mas é igualmente nocivo para outros órgãos como o estômago, a garganta e o coração e as artérias. O fumo provoca o endurecimento das artérias ou arteriosclerose, e com isso força o coração a trabalhar com mais esforço e freqüência, levando ao aumento da pressão. Além disso, o fumo aumenta o risco de infarto no miocárdio e a sua gravidade.

A vida sedentária é comprovadamente um fator de risco. A pessoa mais bem preparada fisicamente, que faz exercícios regulares, tem menor chance de apresentar problemas de coração e pressão alta. A hipertensão não é motivo para se ficar parado, ao contrário, o exercício vai auxiliá-lo a controlará sua pressão e a perda de peso. Mas antes de começar, é preciso consultar seu médico para que lhe indique o tipo de exercício que você poderá praticar. 

FONTE: http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/saudedigital/agosto2002/saudedohomem.html

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